Cronologicamente, o primeiro byroniano a surgir no Brasil foi Tibúrcio Craveiro, que através de sua tradução de Lara, tornou-se um grande disseminador do bardo inglês em nosso país.
Texto de Bira Câmara
Poetas e Escritores Malditos
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
sábado, 1 de dezembro de 2018
A herança maldita de Byron
A influência de Byron se espalhou como verdadeira epidemia no Brasil, principalmente entre os estudantes da Faculdade de Direito, em São Paulo, o celeiro de onde saíam os maiores cérebros e boa parte da classe dirigente do país no século XIX.
Texto de Bira Câmara
Texto de Bira Câmara
Byronianos no Brasil: à sombra de Álvares de Azevedo
Álvares de Azevedo, o maior byroniano no Brasil |
Texto de Bira Câmara
O Vampirismo na Literatura
Texto de Bira Câmara
A prosa picante de Quevedo
No século II de nossa era, Luciano de Samósata escreveu o Elogio à Mosca; na Renascença, Erasmo de Rotterdam fez o Elogio à Loucura; no século XIX o nosso José de Alencar o Elogio da Palavra; e, em tempos mais recentes, Jorge Luis Borges produziu o Elogio da Sombra e Vargas Llosa o Elogio da Madrasta, assim como tantos outros grandes autores da literatura universal, que também registraram o seu elogio a alguma coisa, sem falar nos elogios fúnebres.
Texto de Bira Câmara
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Poetas Malditos
Paul Verlaine, caricatura de Felix Vallotton |
Este grupo de poetas simbolistas incorporou o mal como essência do próprio ser humano e o expressou em suas produções poéticas. O hermetismo de seus textos tornou-os incompreendidos. Não só recusavam as honras e repudiavam os valores morais aceitos pela sociedade, como abusavam do álcool e das drogas, empunhando a bandeira da transgressão.
Verlaine conhecia pessoalmente a maioria destes autores e os seus comentários no livro versam sobre o estilo de suas poesias e de anedotas vividas com eles.
Muitos tiveram vidas dramáticas e fim trágico: Verlaine (depois de atirar pela segunda vez no seu amante Rimbaud) e Villon acabaram na prisão; enlouquecido, Nerval enforcou-se em uma noite sinistra; Rimbaud matou-se bebendo um copo de veneno; já Baudelaire, mesmo em situação desesperadora, não perdeu jamais a sua sanidade...
Verlaine assinala que por sua singularidade e originalidade de expressão, o gênio de cada um acabou por se tornar também a maldição deles. Afastados da maioria das pessoas, escolheram o hermetismo e a idiossincrasia como formas de escrita, o que equivalia a uma sentença de morte pelo público leitor, afeito ao bom-mocismo burguês.
Em parte, o conceito de poeta maldito foi inspirado pelo poema de Baudelaire chamado Bénédiction, que abre o livro "Flores do Mal":
Quando, por uma lei da vontade suprema,
O Poeta vem a luz d'este mundo insofrido
A desolada mãe, numa crise de blasfêmia,
Pragueja contra Deus, que a escuta comovido:
— "Antes eu procriasse uma serpe infernal!
Do que ter dado vida a um disforme aleijão!
Maldita seja a noite em que o prazer carnal
Fecundou no meu ventre a minha expiação!
(tradução de Delfim Guimarães)
Além de Verlaine e de seu grupo, muitos escritores receberam a qualificação de malditos, como Charles Baudelaire, François Villon, Thomas Chatterton, Aloysius Bertrand, o conde de Lautréamont, Petrus Borel, Charles Cros, Germain Nouveau, Antonin Artaud, Émile Nelligan, Armand Robin, Olivier Larronde, Innokienti Ánnienski, John Keats, Oscar Wilde e Thomas de Quincey.
Byron, certamente, é um dos precursores desta linhagem de poetas, bem como Edgar Allan Pöe. No Brasil, os poetas românticos — Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, especialmente — sofreram grande influência de Byron.
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